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Teatro Diogo Bernardes

Teatro Diogo Bernardes

Daniel Moreira

O Teatro Diogo Bernardes (TDB) foi mandado construir em 1893 por uma comissão promotora constituída por diversos Limianos, em que se destacava João Rodrigues de Morais, tendo o projeto sido entregue ao arquiteto municipal de Viana do Castelo, António Adelino de Magalhães Moutinho. Projetado segundo os cânones arquitetónicos do teatro à italiana, característico do séc. XIX, apresentava no seu interior elementos de especial interesse, como as pinturas do teto (já desaparecidas) e o pano de boca com uma panorâmica de Ponte de Lima, da autoria de Eduardo Reis.
A inauguração ocorreu em 19 de setembro de 1896, tendo sido contratado para o efeito a Companhia de Ópera Cómica Portuguesa, dirigida pelo ator Francisco Cruz, para quatro récitas, repartidas pelo já mencionado dia 19, e pelos dias 21, 22 e 23. A primeira representação dá-se com a obra Os Sinos de Corneville, adaptação livre de Eduardo Garrido, da famosa ópera cómica, francesa, em 3 atos e 4 quadros, da autoria de Robert Planquette (música), Clairville (pseudónimo de Louis François Nicolaie) e Charles Gabet.
Após um longo período de degradação, a Câmara Municipal de Ponte de Lima adquiriu-o, realizando extensas obras de recuperação concluídas em 1999, ano da sua reinauguração, a 4 de março. A sala passou a apresentar uma lotação de 305 lugares de acordo com a seguinte distribuição: 114 lugares na plateia dos quais 2 estão reservados a pessoas com mobilidade reduzida e 2 reservados aos acompanhantes; 72 lugares nas frisas; 56 lugares nos camarotes de 1ª; 21 lugares no Camarote de Honra reservados à Câmara Municipal de Ponte de Lima; 3 lugares em camarote de 2ª reservado às Autoridades; 39 lugares nos camarotes de 2ª.
Desde a reinauguração assiste-se a uma programação artística de construção de uma identidade própria, com resultados meritórios e de crescimento a nível de eventos e de públicos. A programação e os ciclos foram-se ajustando, apostando-se na apresentação de projetos emergentes em conjugação com nomes relevantes do panorama cultural nacional e internacional, integrando sempre na respetiva programação os projetos culturais concelhios, independentemente das áreas de influência ou de formação.
O trabalho desenvolvido ao nível da formação de públicos, do envolvimento da comunidade e da apresentação de uma oferta cultural pautada pela exigência, qualidade, diversidade e inovação das suas propostas, posiciona o TDB como uma sala de referência no norte do país.
 

Direção artística / Programação:
Luis Miguel Franco da Silva
lmsilva@cm-pontedelima.pt
 

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