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Teatro Municipal Garcia de Resende

Teatro Municipal Garcia de Resende

© Teatro Municipal Garcia de Resende

O projeto Teatro Garcia de Resende é inspirado pelos modelos neoclássicos, tendo como paradigma os teatros italianos de meados do século XVIII, sendo um dos mais representativos teatros à italiana existentes em Portugal e na Europa.
 
Os espaços funcionais distribuem-se em diversos pisos, e dividem-se em espaços administrativos, públicos e técnicos.Depois da porta principal, encontramos a receção/bilheteira que nos acolhe com um leque de materiais que vão da divulgação da programação a revistas e livros de teatro. Logo depois deparamo-nos com o foyer um espaço retangular, ladeado pela zona da receção e bar, que tem como elementos decorativas telas pintadas e algumas esculturas contemporâneas umas delas de João Cutileiro. Sucedem-se as escadarias que nos guiam aos corredores de circulação, às frisas e à sala principal, bem como as escadarias em madeira com ligação às várias ordens de camarotes superiores e salas.

No primeiro piso encontramos o salão nobre composto por três salas que comunicam entre si por arcos. O espaço tem capacidade de acolher reuniões, mesas redondas, ensaios de mesa, pequenos debates e alguns espetáculos de pequena complexidade. 
No último piso temos a sala estúdio, antiga sala da escola de formação de atores do Centro Cultural de Évora, que funciona como sala de ensaios. No mesmo piso encontramos o Centro de Documentação, criado pelo Centro Cultural de Évora, atual CENDREV, onde pode consultar-se um significativo espólio de documentos, livros de dramaturgia e fotos de cena, dignos de uma biblioteca. O edifício de planta retangular insere-se no grupo de auditórios de planta em ferradura, com capacidade de 338 lugares, distribuídos por plateia, frisas, camarotes de 1º ordem, camarotes de 2º ordem e galinheiro situado no último piso, e que atualmente não acolhe público.
A sala está ligada à caixa de palco pela boca de cena em arco abatido (10,8 m x 10 m), e é dotada de um discreto fosso de orquestra.

Os espaços técnicos/cena (palco) têm a largura de 30 metros e 23 metros de profundidade, com pendente de 3, 5 %, e soalho em madeira. Ao fundo do Palco distribuem-se os 18 camarins por diversos pisos. A caixa de palco contém também a teia com estrutura e piso em madeira, a 22 m de distância do piso do palco, falsa teia, igualmente em madeira, montada a 25 m, e uma ordem de varandas laterais que servem toda a mecânica de cena ali existente (mecânica de cena mista - contrabalançada e motorizada através da chaminé de contra pesos). 

O Teatro Garcia de Resende faz parte da Rota Europeia de Teatros Históricos, e para além da componente de preservação com que nos deparamos não deixa de ser um legado de histórias diversas e conhecimento, atraindo criadores, estagiários, visitantes, e curiosos que o visitam.
 
Historial de atividade cultural e artística desenvolvida neste equipamento 
Em 1892 acontecia em Évora a Comédia de Eduardo Schwalbach "O Íntimo" pela Companhia de Teatro D. Maria II. Era a peça inaugural do novíssimo Garcia de Resende. A opção tinha sido pela criação e construção de um teatro à Italiana, com toda a maquinaria barroca de efeitos especiais, onde sobrava requinte artístico diferenciador, na arquitetura interior, na qualidade e beleza das pinturas patentes no teto da sala, no telão de boca de cena, ou na decoração do foyer

Em 1975, no fulgor transformador da revolução criava-se no Teatro Garcia de Resende o primeiro projeto de descentralização cultural em Portugal com o Centro Cultural de Évora (CENDREV a partir de 1990). Nos anos oitenta a companhia do Centro Cultural de Évora inicia um longo processo de trabalho com Mestre Talhinhas que se traduz na transmissão de saberes e na adoção dos bonecos de Santo Aleixo, como um dos elementos essenciais para o Centro Cultural de Évora. Em 1987 o trabalho desenvolvido com os bonecos dá origem à BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora.  

Desde 2013 a estratégia de programação do Teatro Garcia de Resende assenta numa consolidação da parceira com a companhia residente e com várias estruturas artísticas locais e nacionais. Um conjunto de coproduções, festivais e ciclos de artes performativas – Jazz, música exploratória, música contemporânea, dança, laboratórios de criação teatral - passam a marcar a programação do Teatro reduzindo significativamente os acolhimentos de propostas fechadas.

Descrição da estratégia programática 
O Teatro Garcia de Resende (TGR) é um espaço privilegiado de promoção e difusão de atividades culturais e criativas, em particular das artes performativas. Assume-se como um lugar estruturante e promotor de cidadania, de pensamento crítico, de participação e fruição artística, essenciais no processo de valorização do território.

A Estratégia de programação do TGR tem-se desenvolvido através de meios técnicos e financeiros próprios, nos seguintes domínios:
Coproduções artísticas e acolhimentos com companhias locais e nacionais, como elementos estruturantes de um trabalho de públicos, assente na promoção do acesso à fruição e experimentação artísticas nas várias artes de palco; Desafios à criação através de residências artísticas que incluem projetos de artistas e estruturas artísticas locais envolvendo o cruzamento de diferentes artes, provocando lugares de diálogo e confronto de criadores de diferentes áreas artísticas e múltiplas tendências estéticas; Acolhimento de mostras cinema documental, cine concertos e de curtas-metragens; Ações de mediação com o ensino formal e a população residente numa estratégia de promoção da proximidade e acessibilidade dos públicos ao espaço físico e ao lugar das artes performativas; Programação regular de festivais de música exploratória, de artes no feminino, de música de Improvisação, de Música Contemporânea de Évora, entre outros.  
 

Direção artística / Programação:
Miguel Pedro (Responsável equipamento - CME)
Patricia Hortinhas (Prigramação - CENDREV)
miguel.pedro@cm-evora.pt / patriciahortinhas@cendrev.com
 

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